sábado, 9 de abril de 2011

O Arrependimento Ineficaz - por Jim Elliff

O crente em Cristo é uma pessoa que se arrepende durante toda a sua vida. Ele começa e continua a vida cristã com arrependimento (ver Rm 8.12-13). O rei Davi cometeu graves pecados, mas, diante da repreensão do profeta, sentiu-se abatido, porque era uma pessoa que se arrependia de todo coração (2 Sm 12.7-13). Pedro negou a Cristo três vezes, porém sentiu remorsos por três vezes, até que se arrependeu chorando amargamente (Mt 26.75). Todo crente é chamado de .penitente .; todavia, ele tem de ser um .penitente. que se arrepende constantemente. Em suas instruções referentes a disciplina da igreja, a Bíblia pressupõe que todos os verdadeiros crentes possuem uma natureza caracterizada por arrependimento. Alguém que demonstra indisposição para arrepender- se diante da amável disciplina da igreja deve ser considerado .gentio e publicano. (Mt 18.17).
O que significa arrependimento?
Arrependimento é uma mudança na maneira de pensar em relação a Deus e ao pecado; é uma conversão íntima do pecado para Deus, uma conversão conhecida pelo seu fruto . a obediência (Mt 3.8; At 26.20; Lc 13.5-9). Arrependimento significa odiar aquilo que antes amávamos e amar aquilo que antes odiávamos, significa uma mudança de caminho, do irresistível pecado para o irresistível Cristo. A pessoa que verdadeiramente se arrependeu é levada a depender de Deus. A fé é sua única opção. Quando ela reconhece que o pecado a fez tropeçar, Deus a levanta (Mt 9.13b). O arrependido terá confiança em Deus ou sentirá desespero. A convicção de seu pecado ou o libertará, ou o consumirá.
O religioso freqüentemente se ilude em seu arrependimento. O crente pode até cometer um pecado gravíssimo, mas permanecer deleitando- se no pecado e achar confortável o ambiente do pecado é um sinal mortífero, pois no céu só existem penitentes. Se pudesse, aquele que ilude a si mesmo quanto ao arrependimento poderia considerar se o pior do pecadores, mas a sociedade não o permite. Ele pode tolerar e mesmo ter comunhão com aqueles que professam ser crentes e pastores mundanos, mas não deseja a comunhão santa ou o fervor da adoração santa. Se ele não tolera permanecer no culto por alguns minutos, considerando-o demorado, como ele se sentirá durante algumas miríades de anos na eterna adoração, no céu? Ele deseja um céu de facilidade e recreação, equivalente a férias contínuas. Mas um céu de santidade seria um inferno para esse tipo de pessoa. No entanto, Deus é santo e está no céu. Ele não pode ser culpado por mandar o ímpio para o inferno, apesar de sua mais habilidosa confissão de ser crente (Hb 12.14).
Quais os substitutos do verdadeiro arrependimento?
1. Você pode reformar suas atitudes sem o arrependimento no coração (Sl 51.16-17; Jl 2.13).
Isto é uma grande ilusão, visto que o amor ao pecado ainda permanece no íntimo de tal pessoa (1 Jo 2.15-17; At 8.9-24). Os fariseus eram hábeis nesse tipo de arrependimento (Mc 7.1-23). O problema do homem é o seu próprio coração. Uma pessoa pode demonstrar retidão em seu comportamento e estar condenada por causa de atitudes de seu coração e por causa de ações hipócritas que têm o objetivo de satisfazer a si mesma. Aquilo que procede de um coração perverso jamais é bom. .Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco a fonte de água salgada pode dar água doce. (Tg 3.11-12).
2. Você pode sentir a emoção do arrependimento sem possuir o efeito do verdadeiro arrependimento.
Isso é um tipo de amnésia. Apavorado, o pecador contempla-se no espelho, mas logo se retira, esquecendo- se do tipo de pessoa que ali contemplou (Tg 1.23-24). É verdade que o arrependimento inclui emoções sinceras, afeições para com Deus e ódio ao pecado. Intensa tristeza pode, com razão, fluir do íntimo do pecador (Tg 4.8-10). Porém, existe uma emoção temporária naquilo que se parece com o arrependimento; esta emoção, sendo de pouca duração, é incapaz de manter um comportamento de retidão na longa jornada da obediência. Sua tristeza talvez até permaneça por bastante tempo; porém, se não chega ao arrependimento, é uma tristeza segundo o mundo, é uma morte viva ou algo pior do que isso (2 Co 7.10); é a uma velha ilusão. Judas sentiu esse tipo de tristeza, mas .retirou-se e foi enforcar- se (Mt 27.5).
3. Você pode confessar os termos de um verdadeiro arrependimento e jamais arrepender-se (Mt 21.28-32; 1 Jo 2.4; 4.20).
A confissão por si mesma não equivale ao arrependimento. Pode ser apenas movimentação dos lábios; o verdadeiro arrependimento move o coração. Reconhecer um hábito como pecaminoso aos olhos de Deus não é o mesmo que abandoná-lo. Embora sua confissão seja honesta e emocional, não será suficiente, se manifestar apenas fingimento e não uma verdadeira mudança de coração. Existem pessoas que confessam ter-se arrependido somente por exibição, pessoas cujo arrependimento é apenas teatral mas não autêntico. Se você demonstra ter-se arrependido apenas para ter uma vida de sucesso, não ser á bem-sucedido em seu arrependimento. Sua confissão humilde se tornará em pecado de arrogância. Saul fez uma confissão exemplar (1 Sm 15.24-26); no entanto, após sua morte foi para o inferno. Arrepender se somente .da boca para fora. não é o verdadeiro arrependimento.
4. Você pode arrepender-se por medo do juízo e não por odiar o pecado.
Qualquer pessoa tende a deixar de pecar, quando é apanhada no pecado ou está relativamente certa de ser apanhada, a menos que haja insuficiente punição e vergonha associadas com o pecado (2 Tm 1.8- 11). Quando existem prejuízos suficientes para atrair-lhe a atenção, ela corrigirá seu comportamento. Se este é todo o motivo de seu arrependimento, tal pessoa realmente não se arrependeu. Isto é uma obra da lei, mas não da graça. As pessoas podem ser controladas pelo temor, mas o que Deus exige é uma mudança de coração. Acã admitiu seu pecado, após ter sido apanhado nele, mas, de outra forma, não teria se arrependido. Seus ossos se encontram no vale de Acor; sua alma, com muita probabilidade, está no inferno (Js 7.16-26).
5. Você pode falar publicamente contra o pecado, à semelhança de alguém verdadeiramente arrependido, sem jamais ter se arrependido no íntimo (Mt 23.1-3).
Seus lábios não podem mudar lhe o coração. Seu pecado é semelhante a uma prostituta. Em público, você fala contra ela; porém, a abraça em seu quarto. Ela não se importa em ser combatida publicamente, se em secreto pode conquistar toda a sua atenção. .Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tg 4.4).
6. Você pode arrepender-se fundamentalmente por causa de benefícios temporais e não por causa da glória de Deus.
Para aqueles que se arrependem existem benefícios, porém o egoísmo não pode ser a motivação final do verdadeiro arrependimento. O egoísmo é uma carcaça sem vida e fétida que precisa ser jogada fora. Você deve se arrepender, porque Deus é nossa reverente e digna autoridade, mesmo que não obtenhamos qualquer benefício. De fato, nosso arrependimento pode aparentar trazer-nos mais perdas do que os ganhos adquiridos em nosso pecado (Mt 16.24-26; Fp 3.7-8). Isto é prova do verdadeiro arrependimento.
7. Você pode arrepender-se de pecados menores com o propósito de evitar os maiores (Lc 11.42).
Procuramos acalmar nossas consciências praticando algum tipo de pequeno arrependimento, que na verdade não significa arrependimento algum.
Quando ocorre o verdadeiro arrependimento, todo o coração da pessoa é transformado. Aquele que se arrepende somente pela metade é um homem de coração dividido: parte de si é favorável ao pecado; outra parte, contra este. Uma parte está a favor de Cristo; outra se opõe a Ele. Porém, uma das partes tem de vencer, pois o homem não pode servir a Deus, às riquezas ou a qualquer outro ídolo. O homem amará a um e odiará o outro (Mt 6.24).
8. Você pode arrepender-se de pecados genéricos e não de pecados específicos.
A pessoa que se arrepende de generalidades provavelmente está encobrindo seus pecados (Pv 28.13). Se não existe mudanças específicas, não ocorre arrependimento algum. O pecado tem muitas cabeças, assim como a mitológica Hidra. Não podemos lidar com elas de maneira genérica; precisamos aniquilá-las uma a uma.
9. Você pode arrepender-se por causa do amor aos amigos e líderes religiosos e não do amor a Deus (Is 1.10-17).
Uma pessoa levada ao arrependimento por amor aos amigos ou por respeito a religiosos pode mostrar mudanças, mas, na realidade, não ter feito nada substancial.
Se um homem converte-se do pecado sem voltar-se para Deus, descobrirá que seu pecado apenas recebeu outro nome, estando escondido por trás de seu orgulho. Agora será mais difícil desarraigá-lo por causa de seu subterfúgio. Você tem amado aos homens, não a Deus, e a si mesmo, antes de qualquer outra coisa. A esposa de Ló abandonou a cidade do pecado devido à insistência do anjo e ao amor à sua família, mas olhou para trás. Havia deixado seu coração em Sodoma. .Lembrai vos da mulher de Ló. (Gn 19.12-26; Lc 17.32).
10. Você pode confessar que cometeu certos pecados no passado e não se arrepender do constante hábito de pecar.
Se um homem é sincero, ele é uma boa pessoa em termos humanos. No entanto, não será um homem que se arrependeu até que o pecado seja morto. Se quiser pertencer a Deus, você tem de aniquilar o pecado. .Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. (Rm 8.13). Deus sabe o que você tem feito. O que Ele deseja é obediência (Lc 6.46).
11. Você pode tentar arrepender- se do pecado enquanto conscientemente deixa a porta aberta à ocasião de pecar.
É uma pessoa suspeita aquela que diz: .Eu me arrependo. e não abandona a fonte ou o ambiente daquele pecado.
Embora não possamos mudar algumas situações que despertam a tentação, a maioria delas pode ser evitada. Aquele que não foge do ambiente de sua tentação ainda ama o pecado. Um rato tolo é aquele que faz sua morada debaixo da cama do gato. .Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências. (Rm 13.14).
12. Você pode esforçar-se para arrepender-se de alguns pecados sem arrepender-se de todos os pecados que conhece.
O comerciante aprende a mostrar interesse pelas necessidades de seus clientes, porém esbofeteia a esposa por causa de alguma negligência. Outro dá ofertas à igreja, mas rouba o tempo de seu patrão todos os dias. Todos se orgulham de terem vencido algumas formas de pecado. Entretanto, o verdadeiro arrependimento considera todo pecado como repugnante. Aquele que verdadeiramente se arrependeu odeia o pecado, embora se envolva com mais facilidade em certo tipo de pecado do que em outro. Talvez ele desconheça todos os seus pecados; todavia, aqueles que reconhece, a estes odeia. O arrependimento é algo constante no crente; .O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26.41).
O arrependimento e a fé andam juntos. O arrependido não tem esperanças de obedecer a Deus sem crer nAquele que é a fonte de toda santidade, o próprio Deus. Ao arrepender- se de seus pecados, ele perde a auto-suficiência. Deus é o santificador (Jd 24-25; 1 Ts 5.23-24; 1 Pe 1.5). O arrependimento é um dom de Deus (At 11.19; 2 Tm 2.25) e um dever da parte do homem (At 17.30; Lc 13.3.). Você saberá se o arrependimento lhe foi outorgado através do praticá-lo (Fp 2.12-13). Não espere; busque-o urgentemente. .Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap 3.19). Procure com ardor o arrependimento e você o achará; esqueça-o e perecerá.

Pr. Jim Elliff é o fundador e presidente da organização Christian Comunicators Worldwide (CCW). Obteve seu mestrado pelo Southwestern Baptist Theological Seminary. É membro da diretoria da FIRE (Fellowship of Independent Reformed Evangelicals) e é fundador do ministério Christ Fellowship, uma igreja constituída de congregações nos lares; é autor de vários livros, alguns deles publicados em português pela Editora Fiel. Jim é casado com Pam e o casal tem três filhos.

Salvar-se ou Desviar-se. Arrepender-se ou Perder-se - Por Daniel Souza (1ª Parte)

A) A SALVAÇÃO E O REINO DE DEUS
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." (Ef.2.8,9)
Este é um dos textos mais conhecidos e usados para se ministrar sobre salvação, porém, não é o único a abordar este assunto tão importante.
Esta é a palavra de Deus, e assim, não deve ser negligenciada. Ela é digna de toda aceitação. Porém, outros textos abordam este mesmo assunto, e, como também são palavra de Deus, são dignos de toda aceitação. A PALAVRA NÃO SE CONTRADIZ, SE COMPLETA.
O próprio Efésios 2.8,9 se completa no verso 10. A fé sem obras (e boas obras), é morta; não vale nada (Tg.2.14-26).
VEJA OUTROS TEXTOS:
"Se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." (Romanos 10.9)
Obs. Êxodo 20.7 = Rm.10.9
Não há salvação sem o governo de Cristo
"Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo." (Mateus 24.13 / ver Lc.21.19) - não há salvação sem perseverança
"e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem" (Hebreus 5.9) - não há salvação sem obediência
"Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis." (1Timóteo 4.10) - não há salvação sem fidelidade a Deus
"E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?" (1 Pedro 4.18) - não há salvação sem aperfeiçoamento (negar-se; cruz, etc.)
"Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagens." (João 10.9) - não há salvação sem porta do reino
DEUS QUER QUE LEVEMOS ESTE ASSUNTO A SÉRIO
A salvação completa se consumará no futuro. Devemos nos preparar para dois momentos radicais que vão antecedê-la e cooperar para sua consumação: a morte e / ou arrebatamento
Por isso a bíblia diz:
"...desenvolvei a vossa salvação com tremor e temor..." (Fl.2.13) - salvação é um processo (Fl.1.6) - justificação, santificação e glorificação.
O apóstolo Pedro disse:
"...portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação" (1Pe.1.17)
Temor = reverência; respeito à presença de Deus. Portar-se com temor significa: ter consciência do preço que Deus pagou para redimir-nos (v.18,19); e ter consciência de sua natureza, que deve ser nosso padrão de vida (v.13-16 / Hb.12.10)
A igreja que participará do arrebatamento é formada de pessoas que temem a Deus (At.2.43 a)
SÃO MAIS OS SALVOS OU OS PERDIDOS?
Os homens expressam várias opiniões sobre a salvação, mas o que Jesus diz sobre ela?
Alguém perguntou para Jesus: "SENHOR, SÃO POUCOS OS QUE SÃO SALVOS?
Respondeu-lhes: esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão." (Lucas 13.24)
"Entrai pela porta estreita, larga (fácil) é a porta e espaçoso (fácil) o caminho que conduz para a perdição e são muitos (talvez a maioria) os que entram por ela,
porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." (Mateus 7.13,14)
Vejamos os exemplos que a bíblia nos dá:
Sodoma e Gomorra (Gn.19) - salvou-se Ló e sua casa (seus genros foram proclamados mas escarneceram e sua mulher perdeu-se no caminho)
Obs. Salvação pela obediência à palavra do Senhor através dos anjos
Raabe, em Jericó (Js.6) - salvou-se ela e seus parentes
Obs. Salvação pela obediência à palavra dos espias
Noé e seus contemporâneos (1Pe.3.20) - salvou-se Noé e sua casa
Obs. Salvação pela obediência à palavra do Senhor e pela perseverança (100 anos de espera?)
- A SALVAÇÃO NÃO CONSISTE NO QUANTO TRABALHAMOS PARA DEUS E SIM NO QUANTO DEUS TRABALHA EM NÓS
Veja Mt.7.21-23; 24 e 25
- A SALVAÇÃO NÃO CONSISTE EM APARÊNCIA PIEDOSA, MAS NA PRESENÇA, NO PODER E NA RENOVAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Veja as virgens loucas de Mt.25; e também Rm.8.9; 2Tm.3.5
- A SALVAÇÃO NÃO CONSISTE NA APARÊNCIA DE IGREJA E SIM NA APROVAÇÃO DE JESUS
Veja as 7 igrejas no Apocalipse: somente 2 receberam aprovação imediata de Jesus: Esmirna e Filadélfia / e Jesus ainda ordenou fidelidade até a morte (Ap.2.10b); e conservação do que tinham (Ap.3.11)
B) O PERIGO DO DESVIO
Desviar-se de Deus e de sua vontade significa desviar-se da verdade e abrir mão da vida. Esta atitude tem como triste conseqüência a interrupção do processo da salvação.
Interromper explica melhor que perder.
Convertido é aquele que converge para o alvo. Desviado é o oposto disso.
Existem dois tipos de desviados: o que se afasta da verdade e o que opta pelo engano. Ambos estão perdidos. Porém aquele pode ser restaurado; este (apóstata), creio que não.
Compare e medite em alguns textos com forte ênfase na apostasia e rebelião ativa contra Deus (1Tm.4.1; 2Tm.4.3,4; Hb.6.4-6; 10.26-31)
Lembremos da blasfêmia contra o Espírito Santo e também do pecado para a morte, como disse João (1Jo.5.16-18 / toda injustiça é pecado - consciente ou inconsciente, porém, o pecado consciente trás conseqüências e juízo mais severo).
DEUS NOS JUSTIFICOU, ESTÁ NOS SANTIFICANDO E NOS GLORIFICARÁ.
Nós estamos no segundo aspecto: santificação. Justificados, temos que prosseguir na santificação até sermos glorificados (recebermos a redenção / restauração do nosso corpo - sermos como Jesus Rm.8.22-25; 1Jo.3.2,3 ® os dois textos usam a palavra esperança - ainda falta um aspecto da salvação)
Por isso a palavra nos adverte:
"...aquele que perseverar até o fim..." (Mateus 24.13)
"todavia, o meu justo viverá pela fé, e: se retroceder, nele não se compraz a minha alma.
Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma." (Hebreus 10.38,39)
A BÍBLIA TRÁS VÁRIOS ENSINOS SOBRE A SITUAÇÃO DE UM DESVIADO:
"Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado, salvará da morte a alma dele, e cobrirá multidão de pecados." (Tg.5.19,20);
"Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado" (2Pe.2.20,21);
"E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida - salvai-os, arrebatando-os do fogo..." (Jd.22,23)
"...para que não se extravie o que é manco, antes seja curado." (Hb.12.13)
O novo e o velho testamento se unem na mesma revelação. Veja:
"Também quando o justo se desviar da sua justiça...no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não serão lembradas..." (Ez.3.20; 18.24)
Obs. Deus não se lembra dos pecados do arrependido e nem da justiça do desviado.
Não basta começar bem. A vida cristã é uma carreira. Temos que começar e terminar bem a carreira que Deus nos propôs.

No amor de Jesus,
 Daniel Souza.

domingo, 3 de abril de 2011

A Natureza da Verdadeira Adoração - Por Geoffrey Thomas

Olá amigos! Num tempo onde ouvimos tanto falar em adoração e em adoradores, onde se vendem milhões de cd's e livros sobre esse assunto todos os dias, eu venho a alguns anos meditando sobre o que é realidade e o que é modismo sobre isso! Eu sei que sempre que Deus começa a restaurar algo no meio da igreja, sempre que uma verdade está sendo esclarecida ou revelada pra nós, o Diabo lança muitas mentiras ou "meias verdades" diante de nós, para confundir e bloquear o entendimento de todos quanto puder! Precisamos estar ligados naquele que é a verdade, e conectados com o Seu Espírito, que foi enviado para nos guiar em toda a verdade!
Encontrei esse artigo de um homem de Deus chamado Geoffrey Thomas, falando sobre alguns fundamentos e princípios básicos para que possamos entender e experimentar a verdadeira adoração. Me edificou bastante e espero que faça o mesmo com você! 
Comentem depois o que acharam e o que Deus falou com vcs através dele, ok?! 
Shalom!




1. A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do Espírito de Deus. “Aquele que é nascido da carne, é carne”, disse Jesus, e, portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova canção (Salmo 40:3).


2. A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo, “Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito”, disse Jesus, e, portanto, unicamente através da iluminação que o Espírito concede a nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos em nossos corações é que a nossa adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os dons de liderança concedidos pelo Espírito a pastores e mestres são uma parte essencial da adoração pública.


3. A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras. “Os verdadeiros adoradores adoram...em verdade”, disse Jesus. A Bíblia nos revela o Deus a Quem devemos adorar e como devemos fazê-lo: “com reverência e santo temor”. As Escrituras produzem a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de “tornar” a adoração mais importante e “significativa”. A verdadeira adoração é essencialmente simples.


4. A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é centralizada na “inspiração”, tampouco nos sentimentos; nem mesmo é centralizada em Jesus –– não somos adoradores só de Jesus. Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: “os verdadeiros adoradores adoram o Pai”. Naturalmente, o Pai só pode ser adorado através do Filho e o objeto da nossa adoração é a Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro da nossa adoração, negligenciando o Pai.


5. A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante os seis dias da semana, não está apto a adorá-lo corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala quanto está se “regozijando” na adoração, alguma coisa está errada com ele! Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração, tal pessoa deveria sentir quanto está afastada de Deus e sentir uma tristeza santa por sua negligência para com a glória do Senhor.


6. A verdadeira adoração requer preparação. Um homem não pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer preparação de coração e alma, e esperar, então, por uma “adoração instantânea”. Davi disse: “Ao meu coração me ocorre: buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua presença” (Salmo 27:8). A verdadeira adoração, no dia do Senhor, surge de uma mente preparada para Deus, encorajada por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite do sábado e a manhã do dia do Senhor.


7. A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela meditação. Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da maneira com a qual empregam o seu tempo após o término do culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação da Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta delicada, pode ser facilmente danificada. Se queremos aproveitar da adoração prestada, isso deve ser feito por meio de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da pregação.


8. A verdadeira adoração é sempre um produto e uma perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê a grandeza de Deus e clama: “Ai de mim! Estou perdido! porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e nos diz: “Quando O vi, caí a seus pés, como morto” (Apocalipse 1:17). Qualquer coisa de novo que introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao desejo por novidade que, caracteriza todos os homens naturais.


9. A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos ser muito cuidados para não abrigar pensamentos que inferiorizem a nossa adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a adoração como um “sanduíche de hinos”, somente encorajam a atitude que revela que nossa adoração é forma, exterior e sem liberdade e que, se nós estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho, liderança espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração, as pessoas não ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar-se muito nos meios de adoração; seus pensamentos devem estar centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada pelo esquecimento de si mesmo e pela ausência de qualquer concentração no homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua cabeça e orou: “Ó Deus, sê misericordioso comigo, pecador”. Em nossos cultos, dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as coisas caminhem, mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas novas ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem abundantes evidências de que a adoração se encontra em declínio. Consideremos, por exemplo, a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o que tem ocorrido nos últimos vinte anos.
Será que isso representa um progresso e um amadurecimento no culto e oração pública? O que será que significa essa nova linguagem utilizada para orarmos: “Nós só queremos Te adorar, Te louvar”; “Somente a Ti, Jesus, queremos adorar”? As frases truncadas e curtas podem ser comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e confiantes, acoplados com a reverência constante observadas nas orações das gerações anteriores.


10. A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor. A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança não lhes dá o direito de se reunirem somente quando se sentirem conduzidos ou dirigidos a fazê-lo. Na igreja apostólica, a adoração tinha períodos pré-determinados para ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir o pão, ouvir a Palavra de Deus e recolher as ofertas (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Mesmo que eles não sentissem o mesmo ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por exemplo, era no primeiro dia que eles deviam reunir-se para adorar. O mesmo pode ser dito hoje. Nós não somos “Adventistas do quinto dia”, daqueles que se reúnem na quinta feira, à noite, e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da fantástica comunhão quando o Senhor “realmente” se reúne com dez de nós. Não, nós devemos reunir-nos no Espírito, no dia designado, o dia do Senhor, e com todo o povo de Deus.
“Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus, ainda que não sejamos perfeitos. Porém, não podemos dizer que O adoramos, se nos falta sinceridade”. (Stephen Charnock)

“Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar pública e corporativamente”. (John Armstrong)

“Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde”. (Thomas Watson)

“Deus não pode ter concorrentes! Somente Ele deve ser louvado”. (John Armstrong)


Keith Green - Your Love Broke Through - Legendado

sexta-feira, 1 de abril de 2011

United Pursuit Band - EP


Descobri essa banda a alguns dias atrás e tenho sido muito edificado pelos álbuns deles! Um rock/worship, com pitadas de folk e indie também, tudo com um frescor bem legal! As letras são bem verticais, devocionais... Um daqueles álbuns que pode ser usado na prática de Mt 6:6! haha
Esse álbum em específico, "EP", é o que tenho ouvido mais, porém todos que ouvi deles até agora são muito bons, recomendo!